5 de mar. de 2007

Design de Interação: Por que o mundo precisa dessa especialização do design?

Os sistemas digitais tornaram-se meios determinantes para a realização de atividades. Quando esses sistemas começaram a falhar por inequação do design, nasceu uma nova área da profissão, que trata especificamente da interferência do design na ação conjunta entre pessoas e sistemas, o Design de Interação.

A proposta do Design de Interação é canalizar a criatividade do designer para o desenvolvimento de produtos interativos que mudem a vida das pessoas para melhor, ou seja, trazer aquilo que falta à Engenharia e Informática no desenvolvimento de novas tecnologias: a preocupação com o usuário. Seu diferencial perante propostas mais antigas como a Ergonomia, ou mesmo mais recentes como o Design de Interface, é que ele não trata apenas da interação homem-máquina, mas sim da intermediação entre pessoas tendo o computador, por exemplo, como meio.

No Brasil, o assunto ainda é pouco conhecido, mas nos mercados líderes em tecnologia, Design de Interação já é um campo profissional e acadêmico, contando com uma associação profissional e vários programas de Mestrado como Ivrea, Carnegie Mellon e Umea.

O Designer de Interação, novo e verdadeiro profissional que se diferencia do famoso Webdesigner, deve ter foco no usuário (público-alvo) e não no cliente. Usabilidade, Acessibilidade e Portabilidade são alguns dos aspectos com os quais o Designer de Interação precisa de preocupar. Em projetos Web, o papel do Designer de Interação é parecido com o do Arquiteto da Informação, mas o foco é diferente. Enquanto o AI está preocupado com o armazenamento e recuperação da informação, o DI está mais preocupado com a manipulação e transformação da informação. Em grandes equipes, o DI é responsável por criar os wireframes das páginas, enquanto o AI cria a estrutura do website e o planejamento geral. Seja como for, a responsabilidade principal do DI é criar um sistema que atenda às necessidades de seus usuários, transformando dados de pesquisas com usuários em informações relevantes para a definição da interface. O DI também deve ter uma boa noção de design gráfico de interfaces, para que possa orientar o designer gráfico ou de produto para criar uma forma em consonância com a função. Em muitos casos, o próprio designer de interação acaba realizando essa tarefa, ou seja, ele projeta a experiência do usuário.

Toda essa conceituação, formatada a partir de textos escritos por Frederick van Amstel e Felipe Memória, dois dos maiores estudiosos brasileiros sobre o assunto e "seguidores" do mestre Jakob Nielsen, vem sendo aplicada na prática pela equipe de designers da IVIA. Um exemplo é o próprio Website da empresa que, aliado às novas tendências da chamada Web 2.0, foi desenvolvido, e continua sendo, sob o mais alto grau criterioso de qualidade.

Sugestão de bibliografia: Livro Design de Interação: Além da interação homem-computador.

2 comentários:

Anderson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Excelente blog! Parabéns!