15 de ago. de 2007

IVIA está de luto

Na 2a. Feira (13/08), recebemos a triste notícia do falecimento do Prof. Belchior e não acreditamos que uma pessoa extraordinária como o Prof. Belchior, poderia ter falecido de forma tão trágica.

Ainda estamos realmente incoformados e tristes com a perda do nosso amigo Belchior.

Expresso no nosso BLOG nosso sentimento de apoio e solidariedade à familia, amigos e a todos aqueles que conheciam o Prof. Belchior.

A IVIA está de luto.

Recebemos hoje uma mensagem do Prof. Flavio Horácio, que expressa claramente o que sentimos:

"Inesquecível Despedida!

Perplexidade! Foi este o primeiro sentimento do dia, no início da manhã desta segunda-feira, precisamente às 7h20min. Falta de informações, dúvidas e várias outras sensações começam a me dominar em meio a inúmeros telefonemas para companheiros da UNIFOR. É difícil imaginar e acreditar no súbito falecimento de nosso professor e amigo Belchior.

Os sentimentos ficam ainda mais confusos, agora temperados com revolta e descrença no bem estar do cidadão, no governo e no sistema de segurança pública do Estado, onde Fortaleza é apenas mais uma cidade que representa a realidade do nosso país. Onde está a proteção de todos nós? Onde está a nossa liberdade, cada vez mais inexistente? Temos que mudar nossa rotina, ter precauções na rua, no trânsito, no passeio, na ida e volta do trabalho, nas esquinas, nos restaurantes, em qualquer lugar. É revoltante!

Deixando a indignação de lado, volto a pensar no professor Belchior, onde compartilho da mesma opinião do professor Augusto em sua mensagem: “Uma das pessoas mais dóceis que já conheci”. É marcante seu jeito meigo, de fala suave e simpatia discreta, sempre transparecendo um ar de amizade, ternura e paz, paz esta que não o acompanhou nos momentos finais de sua vida. Isto é injusto! Não pode! Não está certo! Não é possível! Oh meu Deus! Por quê? Continuei pensando e me perguntando em silêncio.

Compareci ao velório, realizado à tarde, para prestar minhas condolências e sentimentos aos familiares. De imediato, ficou evidente o transtorno da esposa, Dona Fátima, onde tentei levar palavras de conforto, tentativa esta aparentemente inútil. Percebi a presença de muitas pessoas, algumas desconhecidas, e que logo descobri em conversas discretas, serem pessoas da comunidade religiosa da qual participava o prof. Belchior. Também observei vários rostos conhecidos, do Banco do Nordeste, de empresas e outras instituições da área de computação, cada um demonstrando, de alguma forma, os sentimentos de perda do companheiro. Evidentemente, também vi a presença maciça dos professores do curso de Computação e do Mestrado, cujos semblantes mostraram com mais clareza a tristeza, dor e pesar pela perda do colega e amigo, marcados pela convivência diária saudável e inesquecível.

O que mais me chamou a atenção, porém, foram os muitos alunos presentes ao velório e sepultamento. Alunos de hoje, de ontem, da graduação e do mestrado, todos ali presentes para registrar, certamente em conjunto com os sentimentos já citados acima, a ADMIRAÇÃO pelo querido mestre. “Querido”, palavra esta citada repetidamente pela Dona Fátima, em marcante e emocionante fala logo após a missa: “Estou emocionada em saber que o meu marido era tão querido...”, agradecendo a presença e o carinho e conforto recebido por todos. Neste momento, não foi mais possível conter as lágrimas, que simplesmente retrataram externamente o corpo já consumido de emoção. É, quem sabe minhas difíceis e “improvisadas” palavras possam realmente ter contribuído, mesmo que de forma mínima, em palavras de conforto.

Sem dúvida, atenderei ao pedido de Dona Fátima: “Rezem por mim, pelos meus filhos e parentes mais próximos, para que possamos superar este difícil momento”. Também concordo com o padre: “O Seu Arnaldo foi uma jóia entregue a Deus”.

Registro minha admiração e eternas saudades, nesta inesquecível despedida do querido professor Belchior."

Flávio Horácio

2 comentários:

Salmeirao disse...

Nós que estamos de fora (IVIA Portugal) sentimos a triste notícia e é difícil encontrar formas de buscar energia nesses momentos.

O que notamos é o cansaço do povo brasileiro, a violência foi banalizada e todos cansaram, principalmente de protestar. Todos se fecham em sua casa e condomínio, já não tem mais força para pensar no vizinho, na sua rua, na sua vila.

Temos que encontrar força, não esquecer dos movimentos, o http://www.cansei.com.br já é no dia 17 de Agosto e erradicar a violência.


O discurso que somos pobre não é verdade, a Índia é muito mais pobre e tem 10 vezes menos violência, ou seja, vamos evoluir espiritualmente e combater, por isso, denuncie, crie Blogs e sites de protesto, listas de assinatura, nós, profissionais da informática, temos a Internet como arma, vamos derrubar interesses e trazer a calma para o Brasil.

Meus sentimentos para a família e amigos Prof. Belchior.

Ian Sutter disse...

Notícia triste, tive a oportunidade de trabalhar com o Prof. Belchior na UNIFOR, como dito acima, uma pessoa simples que demonstrava carinho por todos e tudo.

Fortaleza está numa situação lastimável, ninguém anda mais nas ruas, estamos presos, reféns da corrupção e dos assasinos.

Por incrível que seja, me sinto "mais seguro" andando nas ruas de São Paulo do que em Fortaleza.

Que a PAZ esteja com Belchior.