17 de nov. de 2010

Quem precisa de um IPAD?

Artigo de Erico Fernandes (Gerente de Negócios IVIA/RN) para Informática em Revista.

A Apple nunca esteve tão na moda! O IPOD superou o walkman da Sony como o eletrônico de amplo consumo mais vendido em todos os tempos, o Iphone desde 2007 encabeça a lista de objetos de desejos. Agora a Apple experimenta com o IPAD um novo sucesso de inovação e vendas.

Recentemente adquiri o modelo 3G + Wifi + 32GB, o equipamento impressiona pela beleza e funcionalidade. Ao ligar o IPAD, apenas 3 segundos depois, já podemos navegar na internet. A tela é enorme e de excelente resolução, impressiona ainda pela duração da bateria, cerca de 10 horas em uso contínuo. Questiono-me se o IPAD estaria criando uma nova necessidade de consumo, ou se substituirá algum outro equipamento?

Descrevendo um pouco minha experiência; já no primeiro dia me ocupei em navegar na internet, digitar textos, e alterar planilhas com o "documents to-go", aplicativo que permite baixar, criar e alterar arquivos do Excel, Power Point e Word com poucas incompatibilidades. Uma aplicação especial me chamou atenção, o aplicativo FlipBoard dá uma idéia de como poderão ser criados os jornais ou mesmo revistas de fofocas em pouco tempo, o aplicativo agrega dinamicamente um PDF com fotos e notícias baseadas nas informações disponibilizadas pelos seus amigos do twitter, facebook, etc.

A banda larga do meu 3G me permitiu ver vídeos confortavelmente e com poucos cortes no Youtube. Através de aplicativos específicos, baixei em 4 clicks as revistas Veja e Época ao valor de US$ 4,99 cada.

Por um dia experimentei deixar o notebook em casa e sair apenas com o IPAD, de pronto uma grande alegria, troquei o peso da minha mochila, por uma pequena pasta, entretanto, já nas primeiras horas senti falta dos meus muitos gigas de informações, que não pude transportar para o IPAD em virtude do seu disco diminuto de 32GB e da ausência de uma porta USB; pontos mais fracos do equipamento. Não estar com esses arquivos me impedira de responder alguns e-mails comerciais.

Outro ponto que me incomoda na Apple é que, embora produza equipamentos com design altamente sofisticados, ela os faz de forma que é totalmente inviável mantê-los fora das capas em virtude da sua alta fragilidade. Você compra um lindo Iphone ou IPAD e certamente o protegerá em uma capa produzida por um terceiro que não tem os mesmos critérios de design da Apple. Incomodou-me ainda o fato do IPAD não rodar páginas em flash, isso me impediu de acessar o site da minha corretora e um site de emissão de notas fiscais eletrônicas.

Conversando com amigos entusiastas do IPAD, alguns citaram que ele substituiu o seu notebook na diária, um outro me disse que estou completamente errado sobre o propósito do gadget, "ele é para ler livros", já um outro me disse que é pra ler livros, mas sempre que segura o IPAD na mão, lembra que tem que ver o e-mail, acessar o Twitter etc.

O fato é que não se trata apenas de um leitor de livros. Com sua facilidade de acesso a internet, GPS, Bluetooth e uma vasta gama de aplicativos, o IPAD vai muito além. Provavelmente substituirá o netbook. Mas acredito que o maior concorrente dos tablets ainda serão os smartphones. Uma vez que, principalmente o Iphone, permite executar praticamente todas as funções do IPAD com a vantagem de caber no bolso. Desculpem-me os donos de Blackberry, usei o aparelho por três anos e sempre fui fã, até fiz o upgrade para a versão mais nova, o Bold 9700, mas após navegar por muitos dias na Apple Store baixando aplicativos e Podcasts para o IPAD e conhecendo a agilidade do navegador internet Safari, não tive dúvidas em trocar meu bold por um Iphone 4. Me faz muita falta acessar a agenda de compromissos e ou a agenda de contados em apenas um click, mas a gama de aplicativos disponibilizados pela Apple compensam a perda desta funcionalidade.

Por fim, a Apple já não está sozinha no mercado de tablets, o kindle da Amazon, pioneiro, mas com configuração bem inferior ao IPAD, concorre agora também com o Toshiba - Folio 100, Samsung Galaxy Tab, entre outros com configuração similar ou até superior ao IPAD da Apple. As previsões de vendas de até 15 milhões de IPADs em 2010 e 45 milhões em 2011, não deixam dúvidas que os tablets vieram pra ficar, talvez como uma "futilidade de primeira necessidade"!


Erico Fernandes
Consultor Certificado PMP, ITIL, COBIT Foundation e Oracle
erico.fernandes@ivia.com.br

2 comentários:

Pedro Pisandelli disse...

O que mais me incomoda na Apple é que você é obrigado a se adaptar aos padrões dela, ao invés dela se adaptar às necessidades do todos. Até hoje não vi o que o iPad realmente traz de novo. Pra mim continua sendo um iPod Touch de Itu.
Prefiro a liberdade do SL.

Jalex disse...

Uma resposta pra esse artigo daria outro. Mas tentando resumir ao máximo: o iPad não veio pra subistituir o notebook. O Erico começou errando daí. Eu considero o iPad uma ferramenta que fica atrás de um netbook. Existe muito apelo em cima do produto e acho que é culpa da expectiva criada do que se lê na internet.
E Pedro, a Apple como (toda) empresa de mercado tenta o monopólio, ser lider na sua área. Sempre vai ser assim. Vide padrão Blueray e HD-DVD. Assim somos nós como profissional que tentamos ser o melhor a cada dia e que aquele nosso colega deveria seguir os padrões que achamos que seria mais adequado =) Não vou nem falar do fato da proibição do flash, o que sou de acordo, por ser uma plataforma podera (demais).